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SOBRECARGA DE TRABALHO LEVA AGENTE PENITENCIÁRIO A ESTRESSE E À DEPRESSÃO

Estudo do Instituto de Psicologia (IP) da USP revela que as péssimas condições de infraestrutura das penitenciárias brasileiras, a extensa jornada de trabalho e o estresse laboral são os fatores responsáveis pela baixa expectativa de vida dos Agentes de Segurança Penitenciária. Essa triste realidade tem sido vivida na Paraíba, com profissionais afetados com sérios problemas de saúde. Na última terça-feira o agente penitenciário Bruno Queiroz de Sousa, de 30 anos, pôs fim a própria vida ao se enforcar em sua casa, no bairro Catolé, em Campina Grande. Bruno era concursado e trabalhava no Sistema Penitenciária desde 2012.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Secretariada Administração Penitenciária (Sindseap), Manuel Leite de Araújo, a morte do agente é mais um alerta para que o governo do Estado dê a devida atenção aos profissionais do sistema penitenciário.

Carga de estresse nas alturas

“Os agentes trabalham em locais insalubres e as condições de trabalho são bastante precarizadas, levando os profissionais a uma alta carga de estresse, que afeta sua saúde física e psicológica”, lembra Manoel Leite. Como o Estado não oferece serviços de saúde para os agentes, estes não tem como arcar com despesas médicas. Muitas vezes os agentes precisam se afastar para tratar da saúde, mas precisa de um laudo e não consegue o documento, fazendo com que permaneça trabalhando, o que agrava a doença.

Para o sindicalista Manuel Leite, os trabalhadores penitenciários lutam e reivindicam, principalmente, por melhorias salariais; ao mesmo tempo, as penitenciárias estão longe de ser uma política pública prioritária para o Estado. O Sindicato lembra que o governo não implementou até hoje uma política de saúde dos trabalhadores, que no seu dia a dia convivem com situações de risco, como rebeliões e motins.

Baixa perspectiva de vida
Outro dado preocupante é a média de anos de vida, dos agentes. Muitos deles morrem novos, em média entre 40 e 45 anos devido à uma série de problemas de saúde contraídos durante o exercício da profissão, como diabetes, hipertensão, ganho de peso, estresse e depressão. Segundo o estudo da USP, estes índices são reflexo da alta jornada de trabalho dos agentes carcerários (24 horas de trabalho e 72 horas de repouso), das más condições de trabalho das penitenciárias do País.

De acordo com o presidente do sindicato, os agentes sofrem pressões e ameaças constantes que prejudicam sua saúde psicológica, ao ponto de muitos deles se afastam de suas funções por motivos de saúde, geralmente, desordens psicológicas e psiquiátricas.

Assessoria de Comunicação
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