“Um modelo que serve de espelho para todo o sistema penitenciário brasileiro”. Assim pode ser considerada a administração da Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, no Bairro de Mangabeira, em João Pessoa. O que em administrações passadas era “truculência, maus-tratos, condições sub-humanas e palco de cenas não recomendáveis à pessoa humana”, hoje, esta unidade prisional se transformou em um canteiro de paz e de harmonia, protagonizada pela própria administração que, além de ser do quadro efetivo de carreira de agente de segurança penitenciária, tem uma outra visão e filosofia no que diz respeito ao cumprimento da Legislação Penal Brasileira.
Seus administradores: João Sitônio Rosas (titular) e os adjuntos Lúcio Cláudio da Silva e Bartolomeu Francisco de Melo Silva, nomeados para o cargo no início do mês de março passado, conseguiram, em curto espaço de tempo, com uma forma dinâmica de administração, fazer com que aquele local passasse a ter um clima de paz entre funcionários, familiares de apenados e dos próprios detentos. Hoje, a realidade é outra naquela penitenciária, apesar de escassos recursos disponibilizados, bem como da arcaica estrutura física do presídio e de sua superpopulação carcerária.
As pessoas que recorrem à penitenciária, seja familiares de detentos, funcionários da Secretaria, Advogados da OAB, religiosos, católicos, dentre outros segmentos da sociedade, podem testemunhar a harmoniosa convivência existente no local. De forma acadêmica, até uma “brinquedoteca”, foi instalada para os filhos dos presidiários que ali estão recolhidos, além da implantação de “escolas de alfabetização” dos presos que por ironia do destino não tiveram a oportunidade de estudar.
Com estes exemplos, fica mais do que claro que os integrantes da própria categoria de agentes de segurança penitenciária são capazes de administrar toda e qualquer unidade prisional do Estado com zelo, dedicação, competência e muito profissionalismo, conforme sempre tem defendido os sindicatos representantes legais da categoria (Sindsecap e Sintasp), não precisando assim que pessoas alheias aos quadros funcionais do Sistema Penitenciária sejam convocados para ocupar esses cargos de direção das unidades prisionais.