Foto: ASCOM
A estratégia foi quase uma operação cirúrgica: cortar o miolo de cada uma das mais de 150 bolachas da foto (faça as contas se preferir), de modo a esconder seis pacotes de maconha para ser entregue a um detento. Se os agentes não tivessem registrado o crime em fotos, pouca gente acreditaria na versão.
A engenharia criminosa aconteceu na Penitenciária Padrão de Campina Grande, na manhã deste domingo (7), durante o horário de visita. Jailma Salustino da Silva foi presa e levada para a delegacia de Polícia Civil, onde deverá ‘nascer’ um processo criminal por tráfico de drogas.
E se engana redondamente quem pensa que o caso termina aí para os agentes. Para quem não sabe (leia-se: a esmagadora maioria da população), daqui a três ou quatro meses um oficial de justiça irá bater na porta de cada agente penitenciário que flagrou Jailma neste domingo. “O juiz mandou lhe chamar”, dirá o servidor da Justiça, expondo o documento no qual o agente deverá dar ciência do recado.
Na data marcada, os agentes intimados deverão dar detalhes do ocorrido, ou seja, ratificar a denúncia do tráfico de drogas cometido pela acusada, ajudando mais uma vez a complicar a vida de Jailma.
O caso em tela, semelhante a tantos outros que ocorrem em presídios, força-nos a uma série de reflexões sobre segurança pública:
1 – Agentes penitenciários exercem ou não uma atividade policial específica?
2 – Profissionais que mandam para cadeia a esposa (e outros parentes) de um determinado criminoso pode andar ‘seguro’ nas ruas?
3 – A corrupção em presídios é verdade e dou fé. Mas se fosse tão ‘banalizada’ como se dissemina, alguém se daria o trabalho de fazer cortes milimétricos em 150 bolachas para entrar com seis papelotes de maconha na unidade penal?
Ficam as reflexões.
Matéria retirada na integra do site ParaibaemQAP | 07 ABR 2013 | 20:06
0 Comentario "“Procedimento cirúrgico”: Mulher corta o miolo de bolachas e tenta levar maconha para dentro de presídio em Campina"
Postar um comentário
Obrigado por nos visitar um forte abraço!