O sistema penitenciário brasileiro está fervendo. No estado de São Paulo – o mais problemático de toda a América Latina, por abrigar grandes facções criminosas – os agentes penitenciários já entraram em greve. No Ceará, a PM foi acionada para conter [com bombas e balas de borracha] um protesto dos agentes e até na Paraíba já se ensaia um movimento para o dia 30 de março. Dependendo da situação, o esquecido mundo atrás das grades poderá fazer a festa das redações de jornais em breve.
Nessa segunda-feira (10/março), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve no Rio Grande do Norte para discutir com as autoridades locais as estratégias de segurança a serem adotadas durante os jogos da Copa. Na saída, Cardozo deu de cara com a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN, Vilma Batista, que, “de baixo para cima”, mandou a pressão ao governo federal.
- Cabe ao senhor sentar com a categoria em nível nacional, pois do contrário iremos assistir aos jogos da Copa sentados na frente dos presídios, de braços cruzados. O governo federal é quem vai dar o rumo da greve – disparou Vilma.
Os pleitos
As reivindicações dos profissionais do sistema prisionais se baseiam em melhores condições de trabalho, salários justos e, principalmente, a concessão do porte de arma fora de serviço, o que só será possível no âmbito da esfera federal mesmo.
O jogo é duro.
Matéria retirada do site Paraibaemqap.com.br
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